Marisa Monte - Gentileza


TopMusicas.net

quinta-feira, 31 de maio de 2012

ZUMBIS, FERAS, LOBISOMENS, MONSTROS...



                           ZUMBIS, FERAS, LOBISOMES, MONSTROS...
Esta semana, ao entrar no meu facebook, logo pela manhã, deparo-me com uma postagem no mínimo horrível, repugnante. Chocante mesmo: três ou quatro homens, se é que podemos chamá-los assim, estão em uma foto tirada bem de perto, com um gato crucificado em suas mãos. Foi a imagem primeira que meu cérebro registrou, haja vista que o animal estava esticado pelas quatro patas, em carne viva, nas mãos dos “homens”, uma vez que estes tinham-lhe arrancado toda a pele, juntamente com o rabo, ficando presa no final de cada pata. Uma imagem digna de filme de terror, onde predomina o universo dos zumbis, das feras, dos lobisomens, dos monstros.
Fiquei abalada. Muito. Não consigo compreender uma atitude assim. Parece-me algo tão distante do humano, da afirmativa de que o homem é semelhança de Deus. Diante do quadro não pude calar. Uma agitada indignação me movia contra aquele ato insano. Assim, fui repassando a imagem para todos os conhecidos, na tentativa de conquistar mais indignados, pedindo punição para os feitores daquela ação desumana, brutal, horrenda mesmo. Eu tinha que exercer o meu papel de cidadã. Tinha que me mobilizar contra essa prática. Não podia ficar de braços cruzados, lamentando apenas.
À medida que ia pedindo ajuda à Polícia Federal para encontrar os criminosos, pedia também providências aos órgãos protetores dos animais, porque a expressão de dor daquele gato não me saía da cabeça. Nunca mais saíra.  Uma dor silenciosa... Tão digna, diante de seus agressores... uma expressão no olhar que parecia perguntar quem era o animal ali. Imaginar, diante disso, que o homem foi criado imagem e semelhança com Cristo. Onde está a semelhança? Onde o homem a esqueceu? Por que a esqueceu?
Meu dia ficou nublado... cinzento... triste. Senti vergonha da humanidade. Volta e meia retornava ao computador. Queria fazer mais. Não estava satisfeita, era muito pouco o que fizera. Desejava que minha indignação contagiasse muitos outros internaltas, e que houvesse um repúdio coletivo nas redes sociais contra esse ato monstruoso.
Em uma dessas retomadas ao facebook, ainda pela manhã, vi que o internalta Archidy postou algo muito interessante em resposta a esse fato abominável, que dizia Assim: “Direitos humanos têm quem direito anda.” Ao que eu respondi concordando integralmente, ressaltando que ao agir dessa forma, perde-se todos os direitos, uma vez que não se é mais humano,e sim um monstro.
Lendo o meu comentário a respeito de sua postagem, Archidy escreveu um novo comentário para mim, que dizia assim: “Não se engane, minha cara, há neste mundo muitos zumbis, lobisomens, feras e monstros fantasiados de homem.”
                FRANCISCA VÂNIA ROCHA NÓBREGA

                           ZUMBIS, FERAS, LOBISOMES, MONSTROS...
Esta semana, ao entrar no meu facebook, logo pela manhã, deparo-me com uma postagem no mínimo horrível, repugnante. Chocante mesmo: três ou quatro homens, se é que podemos chamá-los assim, estão em uma foto tirada bem de perto, com um gato crucificado em suas mãos. Foi a imagem primeira que meu cérebro registrou, haja vista que o animal estava esticado pelas quatro patas, em carne viva, nas mãos dos “homens”, uma vez que estes tinham-lhe arrancado toda a pele, juntamente com o rabo, ficando presa no final de cada pata. Uma imagem digna de filme de terror, onde predomina o universo dos zumbis, das feras, dos lobisomens, dos monstros.
Fiquei abalada. Muito. Não consigo compreender uma atitude assim. Parece-me algo tão distante do humano, da afirmativa de que o homem é semelhança de Deus. Diante do quadro não pude calar. Uma agitada indignação me movia contra aquele ato insano. Assim, fui repassando a imagem para todos os conhecidos, na tentativa de conquistar mais indignados, pedindo punição para os feitores daquela ação desumana, brutal, horrenda mesmo. Eu tinha que exercer o meu papel de cidadã. Tinha que me mobilizar contra essa prática. Não podia ficar de braços cruzados, lamentando apenas.
À medida que ia pedindo ajuda à Polícia Federal para encontrar os criminosos, pedia também providências aos órgãos protetores dos animais, porque a expressão de dor daquele gato não me saía da cabeça. Nunca mais saíra.  Uma dor silenciosa... Tão digna, diante de seus agressores... uma expressão no olhar que parecia perguntar quem era o animal ali. Imaginar, diante disso, que o homem foi criado imagem e semelhança com Cristo. Onde está a semelhança? Onde o homem a esqueceu? Por que a esqueceu?
Meu dia ficou nublado... cinzento... triste. Senti vergonha da humanidade. Volta e meia retornava ao computador. Queria fazer mais. Não estava satisfeita, era muito pouco o que fizera. Desejava que minha indignação contagiasse muitos outros internaltas, e que houvesse um repúdio coletivo nas redes sociais contra esse ato monstruoso.
Em uma dessas retomadas ao facebook, ainda pela manhã, vi que o internalta Archidy postou algo muito interessante em resposta a esse fato abominável, que dizia Assim: “Direitos humanos têm quem direito anda.” Ao que eu respondi concordando integralmente, ressaltando que ao agir dessa forma, perde-se todos os direitos, uma vez que não se é mais humano,e sim um monstro.
Lendo o meu comentário a respeito de sua postagem, Archidy escreveu um novo comentário para mim, que dizia assim: “Não se engane, minha cara, há neste mundo muitos zumbis, lobisomens, feras e monstros fantasiados de homem.”
                FRANCISCA VÂNIA ROCHA NÓBREGA

quarta-feira, 30 de maio de 2012

HOMENAGEM AOS CEM ANOS DE LUIZ GONZAGA
 
                                              O REI DO BAIÃO
          Luiz Gonzaga, filho de Januário
          Neste teu centenário, se dotada fosse
          Se eu pudesse, saía cantando
           Acompanhada de zabumba, triângulo e sanfona
          O teu inesquecível e amado nome,
          Dizendo que tua voz foi instrumento
          Que divulgou com amor
           O Sertão, seu clamor e sua gente.

           Luiz Gonzaga, filho de Januário
           Neste teu centenário já está registrado
           Que o mundo de ti tem saudade
            e que de tanta saudade, mas tanta mesmo
            A Acauã cantou. Cantou sem calar
           Um canto tão triste, tão penoso
           Que o Sertão inteiro chorou.

            Luiz Gonzaga, filho de Januário
            Neste teu centenário
            Fica provado que de tua voz majestosa
            Todo o Brasil sente saudade
             E que lamenta a perda irreparável
             daquele que em sua sanfona
              A pobreza, a fome, a sede, a exclusão,
             As injustiças e as tristezas do Sertão
             Como ninguém mais, tocava,
                                Francisca Vânia Rocha Nóbrega



           

segunda-feira, 21 de maio de 2012

HOMENAGEM AOS CEM ANOS DE AUGUSTO DOS ANJOS

      TARDE DE VERÃO

  No final da tarde de verão,
  Lembrando-me de Augusto
  Senti fome e amor.
  Fome dos seus incríveis versos;
  Amor por sua fenomenal poética.

  No final da tarde de verão
  Lembrando-me de Augusto,
  Senti fome e frio.
  Fome do homem,
  Fome do professor
  De Humanidades do Lyceu;
  Frio, porque na alma senti
  A sua imensa e sofrida solidão.

 No final da tarde de verão,
 Lembrando-me de Augusto,
 Senti fome e paixão.
 Fome de compreender se EU;
 Paixão pelo que ele escreveu.

                       Francisca Vânia Rocha Nóbrega

HOMENAGEM AOS CEM ANOS DE AUGUSTO DOS ANJOS


                            O FÓSFORO

Toma, Augusto, esse fósforo,
Acende-o. Vês? Ninguém esqueceu
Teu Eu, em versos singulares,
Tua Desgraça desenhada.

Toma, Augusto, esse fósforo,
Acende-o. Vês?
 Ninguém ousou de ti esquecer
Nem da tua plásmica substância
Cantada em doloroso Soneto.

Toma, Augusto, esse fósforo.
Acende-o. Ah! Possas tu dormir
Tranquilo, agora,
Na monumental poética
Do teu, enigmático, SER.

                Francisca Vânia Rocha Nóbrega.
HOMENAGEM AOS CEM ANOS DE AUGUSTO DOS ANJOS


                            O FÓSFORO

Toma, Augusto, esse fósforo,
Acende-o. Vês? Ninguém esqueceu
Teu Eu, em versos singulares,
Tua Desgraça desenhada.

Toma, Augusto, esse fósforo,
Acende-o. Vês?
 Ninguém ousou de ti esquecer
Nem da tua plásmica substância
Cantada em doloroso Soneto.

Toma, Augusto, esse fósforo.
Acende-o. Ah! Possas tu dormir
Tranquilo, agora,
Na monumental poética
Do teu, enigmático, SER.

                Francisca Vânia Rocha Nóbrega.
HOMENAGEM AOS CEM ANOS DE AUGUSTO DOS ANJOS


                            O FÓSFORO

Toma, Augusto, esse fósforo,
Acende-o. Vês? Ninguém esqueceu
Teu Eu, em versos singulares,
Tua Desgraça desenhada.

Toma, Augusto, esse fósforo,
Acende-o. Vês?
 Ninguém ousou de ti esquecer
Nem da tua plásmica substância
Cantada em doloroso Soneto.

Toma, Augusto, esse fósforo.
Acende-o. Ah! Possas tu dormir
Tranquilo, agora,
Na monumental poética
Do teu, enigmático, SER.

                Francisca Vânia Rocha Nóbrega.

domingo, 20 de maio de 2012

          HOMENAGEM AOS CEM ANOS DE AUGUSTOS DOS ANJOS


                                      ANJOS AUGUSTOS

Anjo... Nome... Augusto
Os homens, os sonhos, os anjos
São tantos... são únicos... o Eu.
O Eu, o meu medo, o morcego
Assombrando, rondando, sondando...
Fantasmas do Eu? O calvário,
A lama, a trama, a ingratidão,
O escarro, o medo da morte,
Da vida, da sorte e do cosmo
Nos átomos da Última Quimera,
Que miséria! Essa pantera
Da decomposição, da podridão, da solidão...
Tome Dr. Tristeza, essas gentilezas
Magreza, tormento, estranheza,
Esses vermes que corroem
Toda a natureza,
Causando repugnância, medo e ânsia
Ao homem, ao Eu, ao morcego.

        Francisca Vânia Rocha Nóbrega
                   HOMENAGEM AOS CEM ANOS DE AUGUSTO DOS ANJOS

                                          A VIDA EM AUGUSTO

                                        A  vida em Augusto dos Anjos
                                        Tem um único tom: Dor
                                         Dor que nunca cala,
                                         Que jamais silencia ou para.
                                         Dor que sufoca e angustia.

                                         A vida em Augusto dos Anjos
                                         Tem uma única via: da Desesperança
                                          Desesperança nos homens, no mundo.
                                          Desesperança que traz à boca
                                          O gosto amargo da morte.

                                          A vida em Augusto dos Anjos
                                          É triste, melancólica, solitária.
                                          É um morcego negro, enorme
                                          Terrível e temível
                                           Rondando e Assombrando
                                           Seu  EU.
                                         
                 HOMENAGEM AOS CEM ANOS DE AUGUSTO DOS ANJOS


                      OS POEMAS DE AUGUSTO

Mesmo depois de passados cem anos
Os poemas de Augusto dos Anjos
Falam, murmuram, gritam
Em toda e qualquer alma humana
Todo o seu desespero e dor,
O seu jeito único,
Singular de ser
E de o mundo perceber.

Ah, se eu pudesse,
Nas escadas do Lyceu,
Cruzar com esse imortal poeta
Iria lhe dizer que sua estranheza,
Sua singeleza e particular grandeza,
Nunca esquecidas foram,
Porque seus escritos estão plenamente
Vivos, lidos e sentidos!

                 Francisca Vânia Rocha Nóbrega