Marisa Monte - Gentileza


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sábado, 28 de fevereiro de 2015

                             AINDA HÁ LUGAR PARA A SOLIDARIEDADE, GRAÇAS A DEUS

Em meio a essa assustadora violência nas escolas é preciso dizer ao mundo que há, ainda, solidariedade amor e respeito entre os jovens. Por isso é imprescindível que desenhemos aos olhos dos cidadãos pessoenses e de mais pessoas, a materialização do amor ao próximo e a concretização da solidariedade que presenciei durante os cinco dias da semana, à noite, há quase dois anos e meio, no ambiente onde trabalhei como diretora adjunta por seis anos.
No Liceu Paraibano, no turno da noite, recebi e continuo recebendo a maior lição de cidadania  e de humanidade de toda a minha vida, enquanto educadora, mulher, esposa, amiga, companheira. Não apenas essa lição, mas uma concretização do que nos fala Coríntios, de que o amor é benigno e que tudo pode, na pessoa do aluno Jeferson, hoje matriculado no 3º 47, mas que há dois anos e meio guia, pelo asfalto das ruas de Jaguaribe até o Liceu, o amigo cadeirante Thiago, da mesma sala.
Seja sob um céu azul de estrelas ou sob um céu cinzento de fortes chuvas, todos vêem, em meio ao trânsito, o nosso exemplo de “gente”, de ser humano, de cidadão, o nosso anjo do asfalto, das ruas e das avenidas guiando o amigo Thiago, em direção ao Liceu, já que raramente eles faltam às aulas.
É bom ressaltar que este ato de solidariedade e de humanidade não se encerra apenas em trazer e levar Thiago de casa ao colégio, mas se estende no ato de conduzir o amigo cadeirante a eventos culturais no SESC centro, aos festivais de poesias encenadas, também promovidos por esta instituição,  bem como de carregá-lo, em sua cadeira, com outros colegas de sala, à Biblioteca do Liceu, para participar de exposições de poemas e de oficinas poéticas, e por aí vai...
Obrigada Thiago, por você existir e assim permitir que a bondade, que o amor ao próximo e a solidariedade circulem entre nós, concretizados na pessoa de Jeferson, o anjo da esperança e do respeito ao próximo. Que Deus os abençoe abundantemente, e nos abençoe também, tornando-nos mais solidários, justos e dignos de sermos chamados de humanos, fazendo valer à pena nossa existência, como construtores de um mundo melhor, mais igualitário, onde o bem prevalece sobre o mal, gerenciado pela PAZ, pelo RESPEITO e pelo AMOR ao próximo.



                               Francisca Vânia Rocha Nóbrega
                 BRASILIDADES QUE NOS ENVERGONHAM
                           
Nesses dias, lendo um texto do Juiz de Direito Marcos William, intitulado Brasilidades, mesmo sem o conhecer, senti uma enorme gratidão invadir meu ser, haja vista que nesse artigo ele relata um fato pouco divulgado em relação ao ex-presidente do Brasil, o marechal Castelo Branco, em um período que a brasilidade batizou por “anos de chumbo”, mas, que me encheu de orgulho desse brasileiro, posto que “era de chumbo” é a que vivemos hoje: o chumbo grosso da corrupção desenfreada que impera no Brasil.    
A minha gratidão para com o Juiz Marcos William é por ter me mostrado um fato que nos orgulha da prática política, ética e cidadã de um governante brasileiro que é lembrado por sua retidão na maneira de governar, dadas as atuais circunstâncias, onde as práticas das nossas autoridades governamentais são lamentáveis, vergonhosas e corruptas, em todos os setores administrativos do nosso país. Até mesmo o Tesouro Nacional é um poço sem fundo, tudo que nele cai, sai por uma conta aberta, manipulada, e termina em uma conta CC5, ficando tudo por isso mesmo.
O texto do Juiz começa comentando o caso do bicheiro Carlos Augusto Ramos, vulgo Carlinhos Cachoeira, no qual ele diz comungar da ideia de que a cassação do senador Demóstenes Torres teve o mesmo efeito do que se acrescentar uma gota d’água no oceano, haja vista que vários outros colegas seus votaram a favor de sua permanência, considerando atípica a conduta que lhe fora infligida.
Claro que esses colegas consideraram essa situação atípica porque no Brasil, a corrupção é a via láctea enegrecida pelas ações ilegais e desonestas dos políticos e autoridades, que corta o país de fora a fora; um caminho de leite, onde não apenas quatro braços roubam e corrompem, desrespeitando os cidadãos, a cidadania e os direitos de toda a nação, ou seja, a corrupção é a via láctea dos colarinhos brancos que comandam, com mãos sujas e mal caratismo o Brasil, já que aqui, tudo termina em pizza.
Diante deste quadro, numa comparação inteligente, o Juiz nos conta que o marechal Castelo Branco, então presidente da República, tendo um irmão que exercia um cargo na receita Federal, e fora presenteado com um automóvel, pelos colegas funcionários, em gratidão por ele ter ajudado à feitura de uma lei que beneficiava ou organizava a carreira funcional daqueles agradecidos.
Assim, ao tomar conhecimento deste fato, o então presidente telefonou para o irmão mandando que ele devolvesse o veículo imediatamente. O irmão ponderou por fazê-lo, sob a alegação de que tal gesto o deixaria desmoralizado no cargo, ao que o presidente perguntou:
“_ Que cargo? Você já está demitido, estou aqui decidindo se mando prendê-lo ou não.”
            Ao ler esse texto, que me foi passado por meu esposo, apreciador nato dos textos reflexivos e críticos, vi surgir em mim novas esperanças. Esperanças de que o Brasil ainda seja presidido por um homem firme assim, que não admita e não compactue de nenhuma forma, com a corrupção, como a que nesse momento impera no Brasil. A esperança de temos sim, Homens capazes de tirar essa faixa negra da corrupção, que corta de ponta a ponta os céus do Brasil. Por Isso, Juiz Marcos William, minha gratidão por lembrar-nos que houve e há homens sérios, honestos e firmes, capazes de comandar com dignidade, seriedade, justiça e respeito à nação brasileira.


                                                              Francisca Vânia Rocha Nóbrega

 "MANIFESTO FUTURISTA"

O Futurismo revelou-se como uma vertente do Modernismo, tendo sido introduzido em 1909 por Filippo Marinetti, com o seu “Manifesto Futurista”, caracterizando-se pela exaltação da velocidade, energia e da força, a par de uma inquestionável crença no progresso científico-tecnológico, anunciando paralelamente uma nova concepção estética, simbolizada por exemplo no automóvel, projectando-se no futuro.
MANIFESTO FUTURISTA (Publicado em 20 de Fevereiro de 1909, no “Le Figaro”)
1. Nós queremos cantar o amor ao perigo, o hábito da energia e da temeridade.
2. A coragem, a audácia, a rebelião serão elementos essenciais de nossa poesia.
3. A literatura exaltou até hoje a imobilidade pensativa, o êxtase, o sono. Nós queremos exaltar o movimento agressivo, a insónia febril, o passo de corrida, o salto mortal, o bofetão e o soco.
4. Nós afirmamos que a magnificência do mundo se enriqueceu de uma beleza nova: a beleza da velocidade. Um automóvel de corrida com o seu cofre enfeitado com tubos grossos, semelhantes a serpentes de hálito explosivo… um automóvel rugidor, que parece correr sobre a metralha, é mais bonito que a Vitória de Samotrácia.
5. Nós queremos glorificar o homem que segura o volante, cuja haste ideal atravessa a Terra, lançada também numa corrida sobre o circuito da sua órbita.
6. É preciso que o poeta prodigalize com ardor, esforço e liberdade, para aumentar o entusiástico fervor dos elementos primordiais.
7. Não há mais beleza, a não ser na luta. Nenhuma obra que não tenha um carácter agressivo pode ser uma obra-prima. A poesia deve ser concebida como um violento assalto contra as forças desconhecidas, para obrigá-las a prostrar-se diante do homem.
8. Nós estamos no promontório extremo dos séculos!… Por que haveríamos de olhar para trás, se queremos arrombar as misteriosas portas do Impossível? O Tempo e o Espaço morreram ontem. Já estamos vivendo no absoluto, pois já criamos a eterna velocidade omnipotente.
9. Queremos glorificar a guerra – única higiene do mundo –, o militarismo, o patriotismo, o gesto destruidor dos libertários, as belas ideias pelas quais se morre e o desprezo pela mulher.
10. Queremos destruir os museus, as bibliotecas, as academias de toda a natureza, e combater o moralismo, o feminismo e toda a vileza oportunista e utilitária.
11. Cantaremos as grandes multidões agitadas pelo trabalho, pelo prazer ou pela sublevação; cantaremos as marés multicores e polifónicas das revoluções nas capitais modernas; cantaremos o vibrante fervor nocturno dos arsenais e dos estaleiros incendiados por violentas lutas eléctricas; as estações esganadas, devoradoras de serpentes que fumam; as fábricas penduradas nas nuvens pelos fios contorcidos de suas fumaças; as pontes, semelhantes a ginastas gigantes que cavalgam os rios, faiscantes ao sol com um luzir de facas; os piróscafos aventurosos que farejam o horizonte, as locomotivas de largo peito, que pateiam sobre os trilhos, como enormes cavalos de aço enleados de carros; e o voo rasante dos aviões, cuja hélice freme ao vento, como uma bandeira, e parece aplaudir como uma multidão entusiast