Marisa Monte - Gentileza


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quinta-feira, 20 de fevereiro de 2014

Enquanto a Europa se preparava para a I Guerra Mundial, o Brasil começava a viver, a partir de 1894, um novo período de sua história republicana: com a posse do paulista Prudente de Morais, primeiro presidente civil, iniciou-se a "República do café-com-leite" dos grandes proprietários rurais, que substituía a "República da espada" (governos dos marechais Deodoro e Floriano). Essa época foi marcada pelo auge da economia cafeeira no sudeste, pela entrada de grandes levas de imigrantes no país, notadamente de italianos, pelo esplendor da Amazônia, com o ciclo da borracha, e pelo surto de urbanização de São Paulo.

Mas toda essa prosperidade veio acentuar cada vez mais os fortes contrastes da realidade brasileira. Por isso, nesse período também ocorreram várias agitações sociais, muitas delas no abandonado Nordeste. No final do século XIX, na Bahia, ocorreu a Revolta de Canudos, tema de Os Sertões, de Euclides da Cunha; nos primeiros anos do século XX, o Ceará foi palco de conflitos que tiveram como figura central o Padre Cícero, o famoso "Padim Ciço"; o sertão viveu o tempo do cangaço, com a figura lendária de Lampião.

Em 1904, o Rio de Janeiro assistiu a uma rápida mas intensa rebelião popular, a pretexto de lutar contra a vacinação obrigatória idealizada por Oswaldo Cruz; na realidade, tratava-se de uma revolta contra o alto custo de vida, o desemprego e os rumos da República. Em 1910, houve uma outra importante rebelião, dessa vez dos marinheiros, liderados por João Cândido, o "Almirante Negro", contra o castigo corporal - a Revolta da Chibata. Essas agitações eram sintomas da crise na "República do café-com-leite", que se tornaria mais evidente na década de 1920, servindo de cenário para os questionamentos da Semana da Arte Moderna.

Os Movimentos sociais no campo: Ao longo da Primeira República (1889-1930), os movimentos sociais no campo dividem-se em três grandes grupos: os caracterizados pela combinação de conteúdo religioso com carência social; e os que simplesmente fizeram reivindicações sociais, sem conteúdo religioso.

CARACTERÍSTICAS: Apesar de o Pré-Modernismo não constituir uma "escola literária", por apresentar individualidades muito fortes, com estilos às vezes antagônicos - como é o caso, por exemplo, de Euclides da Cunha e de Lima Barreto -, podemos perceber alguns pontos comuns às principais obras desse período:

*Ruptura com o passado, com o academicismo - Apesar de algumas posturas que podem ser consideradas conservadoras, há esse caráter inovador em determinadas obras. A linguagem de Augusto dos Anjos, por exemplo, ponteada de palavras "não-poéticas" (como cuspe, vômito, escarro, vermes), Lima Barreto ironiza tanto os escritores "importantes" que utilizavam uma linguagem pomposa, quanto os leitores que se deixavam impressionar: "Quanto mais incompreensível é ela [a linguagem], mais admirado é o escritor que a escreve, por todos que não lhe entenderam o escrito" (Os bruzundangas).

*Denúncia da realidade brasileira - Nega-se o Brasil literário herdado do Romantismo e do Parnasianismo , o Brasil não-oficial do sertão nordestino, dos caboclos interioranos, dos subúrbios, é o grande tema do Pré-Modernismo.

*Regionalismo - Monta-se um vasto painel brasileiro: o Norte e o Nordeste com Euclides da Cunha; o Vale do Paraíba e o interior paulista com Monteiro Lobato; o Espírito Santo com Graça Aranha; o subúrbio carioca com Lima Barreto.

*Tipos humanos marginalizados - O sertanejo nordestino, o caipira, os funcionários públicos, os mulatos.

*Ligação com fatos políticos, econômicos e sociais contemporâneos. - Diminui a distância entre a realidade e a ficção. São exemplos: Triste fim de Policarpo Quaresma, de Lima Barreto (retrata o governo de Floriano e a Revolta da Armada), Os sertões, de Euclides da Cunha (um relato da Guerra de Canudos), Cidades mortas, de Monteiro Lobato (mostra a passagem do café pelo Vale do Paraíba Paulista), e Canaã, de Graça Aranha (um documento sobre a imigração alemã no Espírito


Um comentário:

  1. Resumo do texto : A semana da Arte moderna .

    A semana da Arte Moderna
    A semana da Arte Moderna ele foi marcada por uma ruptura do tradicionalismo paulistano pelos modernistas, com inúmeras agitações e forças de expressões, pois tinha como princípios uma arte contemporânea com a liberdade de expressão lingüística e cultural e em sua atitude. Também vale destacar um grito há uma ‘’obra prima’, onde questionavam uma expressão de caráter e origem brasileira, mesmo ainda sem descartar algumas das características européias. Um conceito de criação iniludível próprio. Especificamente buscavam mudar a estética na literatura, impondo novos movimentos artísticos que inspiravam os novos intelectuais brasileiros naquela é poça entre ele o Cubismo, Expressionismo e Futurismo, onde a primeira exposição do modernismo brasileiro acorreu graças a uma jovem chamada Anita Malfatti que trouxe da Europa suas experiências e realização vanguardistas. Sua exposição serviu então para com a massa que buscava a renovação artística brasileira, ir á luta.
    A semana da Arte Moderna não foi por si só um grande marco histórico abrangente ate os últimos tempos, porém foi de grande importância e revolução para os participantes deste movimento naquela época que buscavam acima de tudo uma nova cara a arte brasileira saindo dos padrões europeus fixados na região tradicionalista, fazendo enraizar uma nova cultura nacional originalmente brasileira.
    Contando com a divulgação na Revista Antropofágica e da Revista Klaxon. Deve-se ressaltar que a semana que eclodiu o movimento foi de total desaprovação e só veio criando empatia por alguns ao longo do tempo, tempo esse bastante longo, a elite desaprovava explicitamente tal movimento um dos atingido por desaprovações e de até vaias durante a apresentação foi Manuel Bandeira enquanto recitava o poema ‘’ Os Sapos ‘‘. Era total repudia, mas os participantes dos movimentos não recuo, continuava por ir mais em frente ainda pela luta da renovação artística. Culminou este movimento em época onde o Brasil passava por constantes conflitos políticos e greves de operários de então era exposto em pinturas à situação real do Brasil, sendo mal aceito e perseguido pelas elites e barões da política, pois era ‘’bater de frente’’ contra o poderio político da época, este é um marco de liberdade de expressão mesmo proibida, mostrou-nos uma reação sociopolítica e de analises e interesses mais comuns e profundos expostos nas fontes artísticas nas novas mentes jovens que floresciam daqueles conflitos guerreais no território brasileiro.
    Aluna : Jaqueline Ribeiro Gonçalves , número : 22 , 3° ano 39.

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