AINDA HÁ LUGAR PARA A SOLIDARIEDADE, GRAÇAS A DEUS
Em meio a essa
assustadora violência nas escolas é preciso dizer ao mundo que há, ainda,
solidariedade amor e respeito entre os jovens. Por isso é imprescindível que desenhemos aos
olhos dos cidadãos pessoenses e de mais pessoas, a materialização do amor ao
próximo e a concretização da solidariedade que presenciei durante os cinco dias
da semana, à noite, há quase dois anos e meio, no ambiente onde trabalhei como diretora adjunta por seis anos.
No Liceu
Paraibano, no turno da noite, recebi e continuo recebendo a maior lição de
cidadania e de humanidade de toda a minha vida, enquanto educadora, mulher, esposa, amiga, companheira. Não apenas essa lição, mas uma concretização do que nos fala Coríntios, de que o amor é benigno e que tudo pode, na pessoa do aluno Jeferson, hoje matriculado no 3º 47,
mas que há dois anos e meio guia, pelo asfalto das ruas de Jaguaribe até o
Liceu, o amigo cadeirante Thiago, da mesma sala.
Seja sob um
céu azul de estrelas ou sob um céu cinzento de fortes chuvas, todos vêem, em
meio ao trânsito, o nosso exemplo de “gente”, de ser humano, de cidadão, o nosso anjo do asfalto, das ruas e das avenidas guiando o amigo Thiago, em direção ao Liceu, já que raramente eles faltam às
aulas.
É bom
ressaltar que este ato de solidariedade e de humanidade não se encerra apenas em trazer e levar
Thiago de casa ao colégio, mas se estende no ato de conduzir o amigo cadeirante
a eventos culturais no SESC centro, aos festivais de poesias encenadas, também
promovidos por esta instituição, bem como
de carregá-lo, em sua cadeira, com outros colegas de sala, à Biblioteca do
Liceu, para participar de exposições de poemas e de oficinas poéticas, e por aí
vai...
Obrigada
Thiago, por você existir e assim permitir que a bondade, que o amor ao próximo e a
solidariedade circulem entre nós, concretizados na pessoa de Jeferson, o anjo da esperança e do respeito ao próximo. Que Deus
os abençoe abundantemente, e nos abençoe também, tornando-nos mais solidários, justos e dignos de sermos chamados de humanos, fazendo valer à pena nossa existência, como construtores de
um mundo melhor, mais igualitário, onde o bem prevalece sobre o mal, gerenciado pela PAZ, pelo RESPEITO e pelo AMOR ao próximo.
Francisca Vânia
Rocha Nóbrega